No começo de 2020 o mundo foi surpreendido com uma pandemia que mudou rapidamente hábitos de saúde, sociais, econômicos e tecnológicos, e fez a transformação digital avançar cinco anos durante esse período, segundo análise de especialistas.
Para 2022 é esperado que as empresas comecem a explorar mais tecnologias estratégicas, entre elas soluções que envolvem inteligência artificial e computação em nuvem nativa, segundo relatório realizado pela consultoria Gartner.
Trazendo essas perspectivas para o setor de segurança, listamos as principais tendências que podemos esperar para o próximo ano:
1. Crescimento do uso de analíticos
Cada vez mais o mercado de segurança tem deixado para trás aquele monitoramento tradicional, criado na década de 1960, com um ser humano olhando dezenas de imagens de câmeras e que apenas reage a uma ocorrência, e migrando para o monitoramento inteligente, uma solução inovadora, proativa e que age na prevenção da ocorrência, antecipando riscos e interrompendo ações criminosas antes que elas aconteçam.
Por ser algo disruptivo, as companhias que atuam com segurança inteligente têm feito um trabalho árduo ao longo dos anos para quebrar os paradigmas das empresas que estão acostumadas com o modelo antigo de vigilância.
Entretanto, o avanço da transformação digital tem mostrado o poder da inteligência artificial, do deep learning, da automação, entre outros recursos, para diversas áreas de um negócio e a expectativa é que esse novo posicionamento das empresas cresça cada vez mais.
Ter uma segurança inteligente é o ‘novo normal’. Com ela é possível entender as vulnerabilidades da empresa, realizar um monitoramento proativo – onde a máquina faz a vigilância – e, ao detectar qualquer anormalidade ou comportamento suspeito, o ser humano – que passou de uma posição de inércia para a de analista situacional – dá andamento no processo para interromper qualquer ocorrência. Além disso, ao mesmo tempo que monitora, a segurança inteligente também colhe uma infinidade de dados valiosíssimos que podem ser utilizados de diversas formas por todos os setores da empresa.
2. Mais Integrações
Com o avanço da Internet of Things (IoT) e outras tecnologias, mais dispositivos capazes de aperfeiçoar o monitoramento serão integrados aos sistemas de segurança inteligente, como sensores de temperatura, iluminação, elevadores, etc, trazendo ainda mais eficiência para as operações.
3. Maior migração para nuvem
A nuvem está fazendo parte cada vez mais do nosso dia a dia, seja de maneira simples, como backup das nossas fotos do celular, ou mais complexa, sendo responsável por todo o armazenamento de uma operação de segurança.
A solução tornou- se mais confiável e acessível, passando a ser um recurso valioso para o mercado de segurança e a tendência é que as empresas migrem mais do armazenamento local para o cloud ou mantenham os dois, em 2022.
“A nuvem é um método de fácil implementação, escalável, flexível e conveniente, que traz mais segurança e garantias ao projeto. É um caminho natural as empresas utilizarem mais o cloud”, falou Fábio.
4. Privacidade agora é lei
Com a consumação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no país a privacidade das pessoas e seus dados tornou-se obrigatória. Que dados estão sendo coletados, para que serão usados e por quanto tempo ficarão armazenados são informações que precisam ser passadas para as pessoas e elas precisam consentir.
Dessa forma, durante todo o processo de captação de informações, é necessário verificar se tudo está sendo realizado conforme a LGPD.
5. Segurança cibernética
A segurança cibernética é uma das prioridades das empresas em 2022. Apenas entre janeiro e junho de 2021 o Brasil sofreu mais de 16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, de acordo com os dados levantados pelo FortiGuard Labs.
Um ciberataque pode expor os clientes, os parceiros, os funcionários, fornecedores e inviabilizar a operação de toda a empresa, por isso a importância de adotar uma arquitetura de segurança cibernética se tornará fundamental.
Fonte: Revista Segurança Eletrônica