Entre um dos impactos causados pelo Covid-19, está a corrida de empresas e indústrias para que colaboradores pudessem atuar de forma remota.
É certo dizer que a pandemia forçou uma revolução cultural em empresas e indústrias em todo o mundo, uma vez que o isolamento causou sérias preocupações quanto ao funcionamento da economia já que funcionários se encontravam isolados em suas casas.
A definição “furacão de mudanças” é comum entre os gestores. As normas de isolamento forçaram empresas a agirem rapidamente na viabilização de acesso seguro aos servidores para cada funcionário, além do fornecimento de equipamento adequado para a atuação de forma remota.
No entanto, para algumas empresas, o conhecimento do crescente número de atuações remota já vinha sendo estudado antes mesmo do cenário pandêmico. Para estas empresas, as mudanças foram menos impactantes.
Para diversos segmentos o trabalho remoto mostrou-se produtivo, enquanto para outros, o que se via eram empresários ansiosos pela chegada das vacinas e possibilidade de retorno 100% presencial do quadro de funcionários.
Dito isto, a economia encontra-se novamente em um caminho de incertezas: Afinal, manter o trabalho remoto integral é a melhor opção?
A BBC News publicou no último dia 19, as ações de gigantes como Google, Facebook, Amazon e Twitter que se pronunciaram de forma semelhante quanto ao futuro, afirmando que não haverá mais trabalho 100% remoto. Giovana Cicconi, chefe de recursos humanos da Google, anunciou que o funcionário que desejar trabalhar de outro país, deverá enviar uma carta formal à empresa. Os demais deverão morar a uma distância que os permita se deslocar até o local de trabalho, adotando assim o sistema híbrido.
De fato, as empresas estão cada vez mais flexíveis, deixando de lado o trabalho presencial ou remoto em tempo integral.
Prithwiraj Choudhury, professor da Harvard Business School afirma que a combinação exata do modo de trabalho é uma decisão que cada funcionário e gerente devem tomar juntos, afinal nenhuma empresa quer perder talentos para os rivais por não ser flexível.
Esse cenário de incerteza também causa preocupação quanto à cultura da empresa e com a carreira em si. Arvind Krishna, CEO da IBM, diz: – Quando as pessoas trabalham remotamente, fico preocupado com a trajetória de suas carreiras. Se eles querem se tornar gerentes, ter mais responsabilidades, construir uma cultura em suas equipes, como faremos isso remotamente?
Fonte: BBC News