Assumir a gestão de um condomínio nunca é tarefa fácil, principalmente quando não se tem experiência nessa área. Quando se assume o cargo, muitos síndicos de primeira viagem, não imaginam que adquirem uma série de responsabilidades e riscos, caso não exerçam a função de maneira adequada.
Por isso, separamos 8 coisas que você precisa saber antes de se tornar síndico.
1 – Os deveres do síndico
Segundo o Código Civil, além de convocar as assembleias, é dever do síndico representar o condomínio e os condôminos, dentro e fora dos muros e promover o imediato conhecimento à assembleia sobre todos os processos judiciais ou administrativos referentes aos interesses comuns.
Cabe ao síndico elaborar o orçamento das receitas e das despesas relativas a cada ano, prestando contas à assembleia e cobrando dos condôminos as suas contribuições, além de impor as multas devidas caso haja a falta de pagamento.
E assim como a qualquer condômino, o síndico também deve cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia, zelando por todas as áreas comuns do condomínio.
2 – Responsabilidades civil e criminal
É importante entender que ao se tornar síndico, o mesmo, assume civilmente o compromisso de trabalhar em prol do condomínio e dos interesses em comum dos condôminos, e deve ser responsabilizado por danos ou prejuízos causados aos condôminos ou a terceiros por má gestão.
O síndico também possui responsabilidade criminal, quando o mesmo não cumpre suas atribuições e age com má fé, omitindo informações ou praticando atos de caráter criminoso.
3 – A legislação
Também é fundamental que um síndico saiba tudo o que lícito, ou ilícito, dentro do condomínio. Juntamente com as responsabilidades do síndico, o Código Civil descreve os direitos e os deveres dos condôminos, as definições e normas das áreas do condomínio e entre outros pontos que devem ser considerados para as tomadas de decisão ao gerir um condomínio.
Além do Código Civil, o síndico também deve conhecer as leis internas do condomínio, que abrange a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia, para que assim, o síndico saiba como proceder e solucionar problemas com mais eficácia.
4 – Conhecer o condomínio
Outro fator indispensável é conhecer o condomínio e seus problemas, como o índice de inadimplência e problemas de carácter estrutural. Para isso, converse com os funcionários e condôminos e entenda quais são as demandas que o condomínio tem. Dessa forma, o síndico pode se preparar criando um planejamento de melhorias que o condomínio precisa, priorizando essas demandas conforme seu grau de urgência.
5 – As administradoras
Por conta das inúmeras complicações corriqueiras de um condomínio, como as exigências tributárias, trabalhistas, contábeis e burocráticas além de ser apaziguador de conflitos internos, um síndico de primeira viagem pode não se sentir apto para gerir sozinho o condomínio, e assim, pode contar com o auxílio de uma empresa administradora de condomínios.
Embora muitas vezes seja uma grande aliada, é importante não deixar as cordas frouxas e analisar a empresa. Para quaisquer ações e tomadas de decisão, a administradora dependente da aprovação do síndico, ou de contrato anteriormente estabelecido, e assim, tudo o que a administradora faz é de responsabilidade civil e criminal do síndico.
6 – Saber se comunicar
Saber como falar, e ouvir, as pessoas pode interferir diretamente em uma boa gestão condominial. O primeiro passo é criar um canal de comunicação com os condôminos, para que assim, o síndico possa se disponibilizar a ouvir e os problemas condominiais, mostrando-se sempre compreensivo e deixando clar que entende os lados da situação.
Manter um diálogo sempre cordial, sem levantar a voz e sem tomar partido em discussões também pode evitar diversos tipos de conflitos. Caso surja algum tipo de desentendimento, o síndico deve procurar sempre ter argumentos coerentes e racionais, defendendo sempre o que está previsto nas leis internas do condomínio.
Outro ponto importante, é comunicar, de maneira clara e objetiva, aos condôminos e funcionários sobre o que está acontece no condomínio, como as datas de manutenção e inspeções, campanhas de conscientização, bem como o dia da próxima assembleia condominial.
7 – Ser transparente!
Ganhar a confiança dos condôminos não é tarefa fácil. Em decorrência aos inúmeros golpes existentes, entregar dinheiro na mão de outra pessoa para realizar melhorias pode gerar desconfiança e dificultar o convívio.
Por isso, é muito importante que o síndico aja com transparência. Para isso, realizar reuniões frequentes com os moradores para prestação de contas, enviar relatórios mensais por e-mail e trabalhar junto com o Conselho Fiscal, pode auxiliar o síndico a criar uma relação de confiança com todos os usuários do condomínio.
8 – Iniciativa é tudo!
Ser síndico requer mais do que disposição, é preciso iniciativa e criatividade! Em muitos casos, é necessário pensar fora da caixa, e principalmente sair do comodismo, trazendo soluções e melhorias para promover o bem-estar dentro do condomínio.
O novo síndico, não deve se apegar muito nas ações das gestões anteriores, mudanças são necessárias e é por isso que outro síndico está sendo eleito. Caso tenha alguma ideia, o síndico deve analisar tudo o que é necessário para viabilizar a ideia, de que forma a mesma irá beneficiar o condomínio e apresentar a proposta para a assembleia. Afinal, por que se contentar apenas com o bom, se a vida em um condomínio pode ser ótima?
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